DE VOLTA AO MERCADO

Pagamento por serviços ambientais impulsiona regularização ambiental no Pará

Escritórios verdes ajudam pequenos produtores a acessarem o PSA no Pará; quatro já foram beneficiados e meta é alcançar 2 mil até a COP 30

Pagamento por serviços ambientais impulsiona regularização ambiental no Pará

A regularização ambiental das propriedades rurais no Pará tem ganhado força com a expansão do programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). A iniciativa é apoiada pelos escritórios verdes e pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado (SEMAS). Em apenas três meses, quatro produtores já receberam recursos, somando R$ 47 mil, e a expectativa é alcançar 20 beneficiários até agosto. A meta total, até a COP 30, é beneficiar 2 mil produtores com cerca de R$ 47 milhões pagos.

O PSA é um instrumento financeiro que remunera o produtor rural por manter ou recuperar áreas de vegetação nativa. No caso do Pará, o diferencial está em pagar não apenas o excedente da reserva legal, como em outros estados, mas também por áreas remanescentes já existentes. Isso amplia o acesso ao programa, especialmente para os pequenos produtores com até quatro módulos fiscais.

Critérios de acesso e atuação dos escritórios verdes

Segundo Ewerton Souza de Araújo, supervisor regional de sustentabilidade da JBS para PA/TO, os critérios de elegibilidade incluem:

  • Ser pequeno produtor (até 4 módulos fiscais);
  • Não ter desmatamento após 22 de julho de 2008;
  • Não ter sobreposição com unidades de conservação ou terras indígenas;
  • Ter o Cadastro Ambiental Rural (CAR) validado ou em processo de validação.

Essas exigências são verificadas com apoio técnico dos escritórios verdes, que promovem mutirões para auxiliar os produtores a avançarem na regularização ambiental. Só no sudeste do estado, foram mais de 30 mutirões realizados nos últimos meses em parceria com a SEMAS.

Modalidades e valores do PSA no Pará

O programa estadual oferece diferentes modalidades de PSA, como:

  • Regeneração de Área de Preservação Permanente (APP);
  • Conservação de vegetação nativa;
  • Recuperação florestal;
  • Manutenção de áreas de uso restrito.

No primeiro ano, o pagamento pode ultrapassar R$ 595 por hectare, dependendo da modalidade. A partir do segundo ano, o valor passa a ser baseado no custo de oportunidade da terra, o que garante continuidade no incentivo.

O projeto ainda está em fase piloto e deve ser aprimorado até 2026. A partir de 2027, a expectativa é consolidar o PSA como uma política pública permanente de incentivo à conservação ambiental no estado.

Experiência que transforma vidas no campo

A produtora Maria Goret, de Marabá, é uma das participantes do projeto. Ela contou que conheceu o programa por meio de um mutirão dos escritórios verdes e, com a ajuda da equipe técnica, conseguiu validar seu CAR e receber o recurso do PSA.

“Foi através de um evento desse que fiquei sabendo do programa. Hoje faço parte do PSA e já recebi meu pagamento. Isso transforma vidas”, afirmou emocionada.

Como participar do PSA no estado do Pará

Os interessados devem procurar os escritórios verdes presenciais, localizados em Marabá, Redenção, Tucumã e Santana do Araguaia, ou acessar o Escritório Verde Virtual, que oferece suporte online. Também é possível buscar orientação nas secretarias municipais de meio ambiente e agricultura, que estão engajadas na divulgação da iniciativa.

Para mais informações, o canal de atendimento é o número 0800 018 0033, Whatsapp (11) 3777-4375 ou o e-mail [email protected].

OSZAR »