SEMENTES SINTÉTICAS

CTC aposta em sementes sintéticas e variedades mais produtivas

CTC apresenta novas variedades de cana, sementes sintéticas e biotecnologia para aumentar produtividade, reduzir custos e preservar o meio ambiente.

CTC aposta em sementes sintéticas e variedades mais produtivas

Produtividade, sustentabilidade e inovação. É com esses pilares que o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) apresentou recentemente um pacote de novidades que promete colocar o setor sucroenergético brasileiro em um novo patamar. Em entrevista ao Planeta Campo, a diretora de marketing do CTC, Suzeti Ferreira, detalhou os avanços tecnológicos que estão sendo implementados, entre eles novas variedades de cana, uma plataforma de biotecnologia e um projeto inovador de sementes sintéticas.

As tecnologias foram desenvolvidas para atender às principais dores do setor, como o controle de pragas e o manejo de plantas daninhas, ao mesmo tempo em que promovem ganhos reais de produtividade no campo.

Variedades mais produtivas com alta sanidade e adaptabilidade

Entre os lançamentos, destaca-se a nova série de variedades CTC Adivana, que, segundo Suzeti, representa um avanço em relação ao que o mercado conhece hoje.

“Essa variedade apresenta um potencial produtivo cerca de 16% superior à média do mercado, com alta sanidade, vigor e adaptabilidade aos diferentes ambientes”, afirma a executiva.

O desenvolvimento das variedades utilizou seleção genômica avançada e inteligência artificial, o que permitiu maior precisão na escolha dos materiais com melhor desempenho. A promessa é de maior eficiência na colheita, melhor aproveitamento da área cultivada e mais rentabilidade para os produtores e usinas.

Biotecnologia com proteção 24/7 contra pragas e plantas daninhas

Outra inovação é a plataforma de biotecnologia Verde Pro 2, que combina proteção contra a broca da cana — uma praga que gera prejuízos de até R$ 8 bilhões por ano — com tolerância a herbicidas.

Essa solução permite um manejo mais simples, sustentável e eficaz, reduzindo o uso de inseticidas e otimizando a aplicação de defensivos.

“A tecnologia garante proteção contínua, 24 horas por dia, sete dias por semana, e é especialmente eficaz contra plantas daninhas como a grama-seda”, explica Suzeti.

Além disso, o uso da biotecnologia pode contribuir para a redução do consumo de diesel e de aplicações em campo, gerando impacto direto na sustentabilidade do processo produtivo.

Sementes sintéticas devem revolucionar o plantio da cana

Outro destaque apresentado pelo CTC é o projeto de sementes sintéticas, que visa transformar o processo de plantio da cana-de-açúcar. Segundo a diretora de marketing, a nova tecnologia oferece maior leveza, praticidade e eficiência, promovendo a renovação de áreas com maior agilidade e menor impacto ambiental.

“Com as sementes sintéticas, é possível converter áreas de viveiro em áreas produtivas com mais rapidez e sustentabilidade”, afirma Suzeti.

A adoção desse sistema também permite menor revolvimento do solo, incentivando práticas de plantio direto e maior uso de cobertura vegetal, o que contribui para a preservação da fertilidade e estrutura do solo.

Sustentabilidade: emissões evitadas equivalem à metade da França

Os impactos ambientais positivos são outro ponto de destaque das tecnologias integradas do CTC. Um estudo em parceria com a FGV apontou que a adoção dessas soluções tem o potencial de evitar 179 milhões de toneladas de emissões de carbono por ano — o equivalente à metade do que emite um país como a França.

“Essas inovações reforçam que produtividade e sustentabilidade podem andar juntas”, conclui Suzeti.

Com essas ferramentas, o setor sucroenergético brasileiro se posiciona com ainda mais força como protagonista da transição energética global, unindo ciência, eficiência e compromisso com o meio ambiente.

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